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Estudo norte-americano afirma que sexo na TV pode influenciar em gravidez precoce

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Os adolescentes freqüentemente expostos a filmes na televisão com cenas de caráter sexual têm duas vezes mais risco que os demais de ter um bebê nos três anos seguintes, afirma um estudo americano publicado nesta segunda-feira (03/11). "Os adolescentes recebem uma soma considerável de informações sobre o sexo via televisão, sem quaisquer avisos sobre os riscos e as responsabilidades das relações sexuais", afirma Anita Chandra, pesquisadora da Rand Corporation, uma organização com fins não lucrativos e que publicou o estudo na revista Pediatrics. "Nossas conclusões sugerem que a televisão pode desempenhar um papel significativo nas cada vez maiores taxas de gravidez entre os adolescentes nos Estados Unidos", acrescenta. O estudo, considerado um dos primeiros a constatar uma ligação entre a exposição de jovens aos programas de televisão com conteúdo sexual e a gravidez na adolescência, ouviu 2.000 jovens de 12 a 17 anos. Seus hábitos de ver televisão e seus comportamentos sexuais foram examinados em 2001 e em 2004. A enquete afirma que a exposição a um conteúdo sexual na televisão influencia a ocorrência de gravidez entre os adolescentes e "isso cria a percepção de que há poucos riscos em manter relações sexuais sem o uso de contraceptivos". Em 2006, houve 41,9 nascimentos entre 1.000 americanos na faixa etária de 15 a 19 anos, uma taxa que aumentou pela primeira vez em 15 anos, segundo o Centro de Prevenção e de Controle de Doenças (CDC).