A equipe de Barack Obama anunciou neste sábado (01/11) ter devolvido a doação de US$ 265 efetuada por uma tia queniana do candidato democrata à eleição presidencial americana que estaria em situação irregular no país.
De acordo com uma informação inicialmente divulgada pela agência Associated Press e publicada em seguida por alguns meios de comunicação americanos, uma tia queniana de Obama, Zeituni Onyango, 56 anos, estaria em situação irregular nos Estados Unidos desde que um juiz do serviço de imigração americano rejeitou sua demanda de regularização.
Segundo a lei eleitoral americana, os estrangeiros não podem fazer doações aos candidatos às presidenciais. Os colaboradores de Obama se recusaram neste sábado a dizer se o fato de devolver a doação confirma o estatuto ilegal de Onyango.
"Segundo as informações que nos foram transmitidas, a contribuição está sendo devolvida", declarou em comunicado um porta-voz de Obama, ben LaBolt, sem dar mais detalhes.
Kelly Nantel, porta-voz dos serviços alfandegários americanos (ICE), afirmou não poder "confirmar nem desmentir" a informação segundo a qual a tia de Barack Obama estaria em situação irregular. "Não entramos em detalhes sobre a situação das pessoas", esquivou-se.
"O senador Obama não tem conhecimento da situação dela, mas acredita obviamente que a lei será aplicada", declarou mais cedo neste sábado Bill Burton, porta-voz do candidato democrata. "Não se trata de uma relação próxima", disse, por sua vez, David Axelroad, um dos principais conselheiros de Obama, a jornalistas em Henderson (Nevada, oeste dos EUA), onde o senador de Illinois fazia campanha neste sábado.
De acordo com Axelroad, Barack Obama se encontrou com esta tia pela última vez por ocasião da cerimônia que marcou sua entrada no Senado, em 2004. Questionado pelos jornalistas que viajam com John McCain, Mark Salter, um dos conselheiros do candidato republicano, se recusou a comentar o caso. "Trata-se de um assunto familiar", declarou.