O presidente do Brasil, Luiz Inacio Lula da Silva, afirmou nesta sexta-feira (31/10) que "será uma coisa extraordinária" a possível eleição de "um negro", o candidato democrata Barack Obama, como presidente dos Estados Unidos.
"Da mesma maneira que o Brasil elegeu um metalúrgico, a Bolívia elegeu um indígena, a Venezuela elegeu (Hugo) Chávez e o Paraguai, um bispo, acho que será uma coisa extraordinária que (...) um negro seja eleito presidente dos Estados Unidos", disse Lula, depois de assinar um acordo sobre a exploração de petróleo junto com o colega cubano Raúl Castro.
A América Latina está vivendo "momentos extraordinários" com a chegada ao poder de representantes "dos setores de esquerda, dos setores comprometidos com as populações mais pobres" e "tomara que isso aconteça também na maior economia do mundo", acrescentou.
Lula afirmou que se trata de "uma decisão do povo americano", que é "soberana". "Mas acho que em todo o mundo existe um pouquinho de alegria, na mente silenciosa de cada um de nós... como seria bom que um negro fosse eleito presidente dos Estados Unidos".
O presidente brasileiro também expressou a esperança de que o próximo presidente dos Estados Unidos levante o embargo que Washington aplica contra a ilha desde 1962.
Lula concluiu na tarde de hoje uma visita de menos de 24 horas a Cuba.