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Campanha de Obama evita comentar plano para matá-lo

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Pensilvânia - A campanha do candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, não quis comentar o suposto plano para assassiná-lo. A revelação sobre o plano envolvendo dois neonazistas que pretendiam matar Obama aumentou o temor em relação à segurança do candidato presidencial, na reta final da corrida pela Casa Branca. O Departamento de Justiça afirmou, nesta segunda-feira, que Daniel Cowart, de 20 anos, e Paul Schlesselman, de 18, foram presos na semana passada e afirmaram que entre seus planos estava matar Obama. Caso vença em 4 de novembro, o senador por Illinois pode tornar-se o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Obama recebe proteção do serviço secreto, que começou a ser fornecida muito antes do que a qualquer outro candidato presidencial. Nesta terça-feira (28/10), Obama e seu adversário, o republicano John McCain, realizam comícios no mesmo Estado, a Pensilvânia. Em seguida, McCain segue para a Carolina do Norte, em uma iniciativa para confirmar sua vantagem ali, e Obama irá para a Virgínia, Estado que favoreceu o republicano George W. Bush em 2000 e 2004. Apesar de ter uma vantagem considerável nas pesquisas nacionais e nos chamados Estados-chave, Obama, de 47 anos, advertiu contra o clima de "já ganhou". "Não acreditem por um segundo que essa eleição está encerrada", disse ontem a eleitores em Pittsburgh. "Em uma semana, você pode escolher a esperança ao invés do medo, a unidade ao invés da divisão, a promessa de mudança ao invés do status quo", disse Obama. O discurso do senador contagiou o público, como em seus melhores momentos da campanha. Para McCain, vencer na Pensilvânia é essencial em seus cálculos para conseguir a maioria no Colégio Eleitoral, que aponta o presidente. Nos Estados Unidos, a eleição é indireta: os eleitores escolhem os delegados, que por sua vez apontam o vencedor. O senador pelo Arizona falou sobre as propostas de Obama para "tirar seu dinheiro e dar a outra pessoa". McCain martela na tecla do "socialismo" do democrata. "Hoje ele diz que aumentará o imposto dos ricos. Mas nós vimos no passado que ele quer atingir pessoas na classe média", acusou. A campanha de Obama qualificou os comentários como "falsos, um ataque desesperado". "Eu posso agüentar mais uma semana dos ataques de John McCain, mas esse país não pode agüentar mais quatro anos das mesmas velhas políticas e das mesmas políticas falidas. É hora de algo novo", afirmou Obama, tanto em Ohio quanto na Pensilvânia.