WASHINGTON - O último sobrevivente americano dos soldados da Primeira Guerra Mundial, Frank Buckles, 107 anos, foi condecorado em Washington com as insígnias de oficial da Legião de Honra, pelo secretário de Estado francês para os ex-combatentes, Jean-Marie Bockel.
O ex-motorista de ambulância, que desembarcou na França em 1917 aos 16 anos enquanto a idade requerida era de 21 anos, agradeceu as honras recebidas com gratidão e filosofia: "Eu represento os ex-combatentes da Primeira Guerra Mundial. Estou surpreso de ser o último. Os verdadeiros heróis se foram", declarou.
"Através de você, que é o último representante, nós homenageamos hoje o sacrifício heróico de todos esses filhos da América", declarou o ministro francês, lembrando que dois milhões de americanos atravessaram o Atlântico para combater na Europa.
Buckles, que vive na Virgínia Ocidental (leste), havia recebido a insígnia de cavaleiro da Legião de Honra em 1999 das mãos do presidente Jacques Chirac.
Depois de ter chegado à patente de cabo em 1919 por seus serviços em um destacamento médico, Frank Buckles lutou depois na Segunda Guerra Mundial, na qual foi mantido prisioneiro durante três anos em um campo japonês.
Perguntado sobre sua longevidade durante a cerimônia realizada na noite de segunda-feira na embaixada da França em Washington, o ex-soldado respondeu que o que lhe dá forças é "manter o desejo de viver e ser ativo durante toda a vida".