CABUL - Três mil e duzentos civis morreram desde 2005 em operações das forças da Otan e do Exército americano no Afeganistão e as indenizações dadas às famílias das vítimas são baixas, segundo um estudo de um pesquisador americano.
O uso da força aérea aumenta o risco para os civis, explicou o professor Marc W. Herold, da Universidade de New Hampshire, em um estudo publicado por ocasião do aniversário do início da intervenção americana no Afeganistão, em 7 de outubro de 2001, para tirar os talibãs do poder.
Segundo o estudo de Herold, que dirige o projeto de memorial para as vítimas afegãs, entre 2.699 e 3.273 civis morreram em ações da forças internacionais nesse país desde 2005.
Este balanço é superior ao que fixa entre 2.256 e 2.949 os civis mortos durante a campanha de bombardeios americanos entre 7 de outubro e 10 de dezembro de 2001, quando os talibãs foram expulsos do poder, segundo o pesquisador. Ele estabelece seu balanço a partir de informações dos meios de comunicação, das ONGs e outras fontes.
Herold também assegura que o Exército americano paga no máximo 2.500 dólares de indenização às famílias das vítimas, enquanto que o Exército canadense dá de 1.100 a 9 mil dólares para cada vítima.