A China criticou hoje a decisão dos Estados Unidos de vender US$ 6,5 bilhões em armamentos a Taiwan, segundo a agência de notícias estatal Xinhua. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Liu Jianchao, disse que "o governo e o povo chinês se opõem firmemente ao acordo, que prejudicou seriamente os interesses chineses e as relações entre China e Estados Unidos".
O presidente de Taiwan, Ma Ying-jeou, agradeceu aos EUA e disse que a ilha pretende manter um forte sistema de defesa contra qualquer ameaça da China. "O presidente Ma Ying-jeou gostaria de expressar sua gratidão aos Estados Unidos pelo pacote de armamentos", disse um porta-voz do governo de Taiwan. "Uma defesa forte e paz no estreito de Taiwan são necessárias para a prosperidade de Taiwan.
O governo norte-americano anunciou ontem a venda dos armamentos, que incluem helicópteros Apache e mísseis Patriot III, em notificação ao Congresso. A decisão veio três meses após o principal comandante militar norte-americano no Pacífico, almirante Timothy Keating, anunciar a suspensão da venda de armas para Taiwan. A suspensão foi vista à época como uma relutância dos EUA em contrariar a China antes da visita do presidente George W. Bush ao país por conta das Olimpíadas de Pequim.
Os Estados Unidos são obrigados por lei a fornecer armamentos a Taiwan contra uma possível invasão da ilha pela China. Os norte-americanos são os principais aliados de Taiwan e seus maiores fornecedores de armamentos.
Taiwan e China se separaram em 1949 em meio a uma guerra civil. A China considera Taiwan parte de seu território e ameaça atacar se a ilha tomar medidas para tornar a separação permanente.