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Democrata Biden vence debate de vices nos EUA

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SAINT LOUIS - O candidato democrata à vice-presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, venceu o primeiro e único debate contra a vice da chapa republicana, Sarah Palin, na noite desta quinta-feira, em Saint Louis (Missouri). A economia, principal preocupação do eleitor americano, dominou o debate entre a governadora do Alasca e o experiente senador, com os dois evitando um confronto direto e centrando fogo nos candidatos à presidência, Barack Obama e John McCain. Segundo a rede de televisão CNN, 56% dos eleitores estimam que Biden venceu o debate, contra 31% para Sarah Palin, A CBS afirma que 46% dos eleitores indecisos apontaram o democrata como o vencedor, contra 21% para a republicana. Palin foi enfática na defesa de McCain, que apresentou como um reformador, enquanto Biden bateu na administração do presidente George W. Bush, afirmando que os Estados Unidos sofrem "a pior crise econômica que já conhecemos". A governadora defendeu McCain destacando que o Senador denunciou há tempos o descontrole em Wall Street e o risco que representava a questão hipotecária, e Biden lembrou que Obama enviou uma carta ao Tesouro americano para advertir sobre os mesmos temas. Os dois candidatos a vice concordaram em que é preciso haver mais controle sobre o setor financeiro nos Estados Unidos, e Biden acusou os republicanos pelo descontrole no setor, uma das causas da atual crise. Nos últimos oito anos, diante dos pedidos dos democratas para um maior controle financeiro, "a resposta republicana sempre foi: desregulamentação, desregulamentação", disse Biden. Palin afirmou que "é preciso acabar com a corrupção em Wall Street. É preciso dizer: nunca mais". Já Biden acusou os republicanos de aproveitar a crise para cortar impostos de quem ganha mais de 250 mil dólares por ano. Na questão internacional, o forte do senador democrata, a governadora republicana acusou Barack Obama de agitar "uma bandeira branca" no Iraque com seu plano de retirada das tropas americanas. "O plano de vocês é agitar uma bandeira branca de derrota no Iraque", disse Palin sobre Obama, após críticas de Biden à posição de John McCain. "Saberemos quando terminou no Iraque assim que o governo iraquiano puder cuidar de sua gente e as forças de segurança iraquianas conseguirem garantir a segurança da população", destacou Palin. "Nossos comandantes no Iraque nos dirão quando estas condições forem alcançadas. Precisamos vencer no Iraque (...) e cada vez mais nos aproximamos da vitória". Biden rebateu destacando que se o democrata Barack Obama vencer a eleição de 4 de novembro, "vamos acabar com a guerra" no Iraque, mas se McCain ganhar, "não haverá uma perspectiva" para o fim do conflito. Segundo Biden, os republicanos não têm um plano para acabar com o conflito no Iraque, que já custou a vida de mais de 4 mil soldados americanos, mas Barack Obama oferece um caminho claro: "Passar a responsabilidade aos iraquianos nos próximos 16 meses". "Esta é uma diferença fundamental entre nós. Queremos o fim da guerra, mas para John McCain não há perspectiva para o fim desta guerra". "Estamos gastando 10 bilhões de dólares por mês (no Iraque), enquanto os iraquianos têm um superávit de 80 bilhões", destacou o senador. Palin criticou a disposição de Barack Obama de discutir diretamente com ditadores como o iraniano Mahmoud Ahmadinejad e o norte-coreano Kim Jong-Il, chamando o candidato democrata de ingênuo ou desinformado. Um candidato à presidência que se dispõe a negociar com "ditadores" como o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e o líder norte-coreano, Kim Jong-il, "está além da ingenuidade ou do erro de julgamento é perigoso", disse Palin. A governadora afirmou que ela e McCain "não vão se reunir, sem condições prévias, com líderes como Ahmadinejad, que tentam adquirir uma arma atômica e apagar da face da Terra um aliado como Israel". Biden respondeu dizendo que Obama "jamais afirmou que se sentaria com Ahmadinejad" e destacou estar surpreso por John McCain não saber que Ahmadinejad "não controla o aparato de segurança no Irã". É a "teocracia que controla a segurança". O senador lembrou que os aliados dos Estados Unidos querem que Washington negocie com os países inimigos, e que cinco ex-secretários americanos de Estado compartilham esta opinião.