JERUSALÉM - O primeiro-ministro renunciante de Israel, Ehud Olmert, foi interrogado nesta quinta-feira (02/10) pela oitava vez pela polícia por seu suposto envolvimento em casos de fraude e corrupção. O interrogatório, de duas horas, aconteceu na residência oficial do chefe de Governo.
Esta foi a primeira indagação desde que Olmert anunciou sua renúncia, em 21 de setembro. Ele permanece como premier até que sua sucessora à frente do partido Kadima, Tzipi Livni, consiga formar um governo. O interrogatório desta quinta se referiu ao caso do Centro de Investimentos, por suspeitas de que Olmert garantiu empréstimos sendo ministro da Indústria e Comércio (em 2006).
A polícia israelense recomendou o indiciamento judicial de Olmert por dois casos de corrupção. O procurador-geral Menahem Mazuz deve anunciar nas próximas semanas se aceita a recomendação. Olmert é suspeito de ter recebido, quando era prefeito de Jerusalém (1993-2003) e ministro da Indústria e Comércio (2006), grandes quantias de dinheiro do empresário judeu americano Morris Talansky. Também é acusado de fraude em um caso de superfaturamento de passagens de avião em 2006.