Nova York - O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, defendeu novamente nesta segunda-feira (29/09) nas Nações Unidas a adoção de um sistema de segurança coletiva na Europa, que garanta a segurança de todos.
Lavrov afirmou durante entrevista coletiva que a atual arquitetura de segurança na Europa "revelou suas insuficiências e seus defeitos", citando a expansão da Otan em direção ao leste e às ex-repúblicas da URSS, assim como o recente conflito no Cáucaso.
Segundo Lavrov, os princípios básicos da segurança coletiva na Europa são sempre válidos, mas não respeitados. "Estes princípios são a soberania, a integridade territorial e a não intromissão nos assuntos internos dos Estados", disse Lavrov. "Estes princípios se apóiam na indivisibilidade da segurança e rejeitam qualquer recurso que reforce vossa segurança em detrimento da de outros".
O princípio de segurança "esteve submetido a tensões permanentes nestes últimos anos", acrescentou Lavrov, citando a ampliação da Otan para o leste, "com a transferência dos recursos militares da Organização aos territórios dos novos membros".
Moscou rejeita a expansão da Otan desde a primeira onda de adesões, em 1999, mas acabou aceitando a entrada de membros do antigo bloco soviético e até manteve um diálogo com a Aliança Atlântica.
Lavrov criticou ainda o fornecimento de armas dos Estados Unidos à Geórgia, "inclusive clandestinamente", estimando que isto incitou Tbilisi a lançar sua ofensiva contra os separatistas no território da Ossétia do Sul.