O chefe do movimento xiita libanês Hezbollah, Hasan Nasrallah, voltou a ameaçar Israel nesta sexta-feira (26/09), afirmando que um ataque do país contra o Líbano custaria sua aniquilação, além de chamar o Estado hebreu de "tumor canceroso".
"Suas (...) unidades serão destruídas em nossas colinas, nossas montanhas, nossos vales, nossas casas e aos pés de nossos combatentes", declarou Nasrallah, dirigindo-se ao ministro da Defesa israelense, Ehud Barak.
Nasrallah fez suas advertências por ocasião do Dia de Al Qods (Jerusalém em árabe), manifestação anual de apoio aos palestinos. Seu discurso foi exibido em uma tela gigante instalada num subúrbio de Beirute, feudo de seu movimento.
"Se Israel cometer semelhante pecado (de atacar o Líbano), isto levará à sua eliminação (...), porque já não sobrará mais exército", disse o líder do Hezbollah, afirmando que "a atual geração" veria "o retorno a Jerusalém, onde não haverá nem Israel nem sionistas".
"Israel é um tumor canceroso inclinado a destruir tudo o que o rodeia", criticou Nasrallah, citando o imã Khomeini, fundador da República Islâmica no Irã.
Nasrallah também se referiu aos esforços de reconciliação política no Líbano, mais especificamente o encontro realizado na última quarta-feira entre uma delegação do Hezbolah e Saad Hariri, chefe da Corrente do Futuro, principal bloco da maioria parlamentar.
O processo "não significa novas alianças políticas ou mudanças de alianças", tendo por objetivo "criar um clima positivo para pôr fim à tensão" no país, comentou.