A Organização das Nações Unidas, que nesta semana recebe chefes de Estado e de governo do mundo todo, foi criada em 1945 na cidade de San Francisco, nos Estados Unidos. A idéia era reinventar uma entidade global que pudesse propor soluções a conflitos internacionais e, assim, evitá-los. Era uma necessidade depois de duas guerras mundiais que arrasaram a Europa. Depois da Primeira Grande Guerra, uma experiência semelhante, a Liga das Nações, não teve sucesso.
A primeira reunião anual da Assembléia Geral da ONU ocorreu em abril de 1947. O diplomata brasileiro Oswaldo Aranha foi eleito presidente daquela sessão inaugural e, desde então, cabe ao Brasil fazer o primeiro discurso do encontro. Oswaldo Aranha também entrou para a história ao presidir a sessão que culminou com a criação do Estado de Israel e a partilha dos territórios palestinos.
Na Assembléia Geral, o peso do voto de cada um dos 192 países que compõem a ONU é igual. Isso não se repete no Conselho de Segurança, a principal instância decisória das Nações Unidas, por onde passam os assuntos mais polêmicos. O Conselho de Segurança é composto por 15 nações, das quais cinco - consideradas as grandes vencedoras da Segunda Guerra Mundial - têm assento permanente: Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido.
Nesta semana de reunião anual da Assembléia, dirigentes de todos os 192 países-membros da ONU têm espaço para discursar no púlpito em Nova York. Nas sessões convencionais, que ocorrem durante todo o ano, os representantes são os embaixadores de cada governo perante as Nações Unidas. O sistema ONU é mantido por contribuições desses governos. Essa ajuda varia de acordo com a economia de cada nação. Nenhuma delas, no entanto, colabora com mais de 25% e menos de 0,01% do orçamento nacional.