Nova York - O presidente boliviano Evo Morales se reunirá de forma bilateral em Nova York com seus colegas do Chile e da Colômbia e participará em uma reunião da Unasul, na qual serão avaliados mecanismos para controlar um eventual acordo com os prefeitos (governadores) opositores em seu país.
Morales se reunirá em separado com a presidente chilena, Michelle Bachelet, e colombiano, Alvaro Uribe, ambos países integrantes da União de Nações Sul-americanas (Unasul), e na quarta participará de uma reunião com todos os presidentes do grupo presentes em Nova York com o objetivo de discutir mecanismos de monitoração dos acordos que seu governo alcançar com os líderes da oposição em seu país.
Na véspera, Morales pediu aos governadores da oposição que levem adiante o diálogo político, assinando um acordo preliminar para "devolver ao país a paz e a tranqüilidade", com a garantia dos observadores internacionais.
Morales insistiu em seu pedido aos governadores de Santa Cruz, Tarija, Beni e Chuquisaca, que participam das negociações políticas iniciadas na quinta-feira passada em Cochabamba, já que, até agora, não foi possível redigir um acordo para aliviar a crise política.
O presidente, que na entrevista coletiva apareceu acompanhado dos representantes da Unasul, Gabriel Valdés, e da OEA, Dante Caputo, informou ter apresentado aos governadores oposicionistas uma nova proposta para "garantir, melhorar, compatibilizar e corrigir o tema das autonomias", questão-chave do conflito.
Além disso, o presidente expressou sua preocupação em relação aos camponeses fiéis a seu governo que protestam na cidade de Santa Cruz exigindo um resultado positivo do diálogo entre governistas e opositores.
O documento preliminar pede a apresentação dos resultados das mesas de trabalho até o dia 25 de setembro, além da viabilização no Congresso, até 15 de outubro, da convocação de um referendo para validar o projeto da nova Constituição.