PEQUIM - O diretor da agência de controle de qualidade de produtos, Li Changjiang, pediu demissão nesta segunda-feira (22/09), anunciou a agência oficial Nova China, em mais um capítulo do escândalo provocado pelo leite adulterado com melamina que matou quatro bebês e afetou quase 53 mil crianças.
Li apresentou o pedido de demissão ao gabinete, que a aceitou, segundo a agência. Ele é a maior autoridade a perder o emprego desde a explosão da crise de segurança alimentar. Quase 53 mil crianças receberam atendimento médico na China depois que consumiram leite adulterado com melamina, das quais cerca de 13 mil permanecem hospitalizadas, informou o ministério da Saúde chinês.
Um total de 52.857 crianças foram tratadas nos hospitais do país pelo problema. A maioria está "basicamente recuperada", mas 12.892 continuam internadas, acrescentou o ministério. Das hospitalizadas, 104 são bebês em estado grave, segundo o governo.
O escândalo do leite adulterado explodiu há 10 dias, com o anúncio das duas primeiras mortes de recém-nascidos que haviam consumido leite em pó da marca Sanlu. No total, quatro bebês faleceram depois de ter ingerido melamina, uma substância tóxica utilizada em colas e resinas.
O caso atingiu ainda o leite líquido e outros produtos lácteos, como iogurtes e sorvetes, inclusive no exterior, onde vários países detectaram a presença de melamina em produtos procedentes da China e proibiram a importação.