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Esquerda avança em eleição ao Senado francês

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A esquerda francesa conquistou mais 23 cadeiras nas eleições parciais para o Senado, realizadas neste domingo (21/09), mas o progresso não é suficiente para superar os conservadores na casa. No total, 50 mil "grandes eleitores" - conselheiros municipais, regionais, gerais e deputados- foram convocados a eleger 114 senadores, um terço do Senado, para um mandato de seis anos. Parte dos senadores é eleita por votação majoritária em dois turnos (74) e os demais (40) de maneira proporcional. O Senado francês examina e vota as leis antes ou após a Assembléia Nacional, mas não tem poder para derrubar um governo, ao contrário da Câmara baixa francesa. A esquerda, vencedora das últimas eleições municipais e regionais, de março de 2008, comemorou o resultado: "É mais do que imaginávamos nas melhores projeções", disse o lider do Partido Socialista francês, François Hollande, estimando que o resultado é um "castigo para o governo" do presidente Nicolas Sarkozy. Apesar do progresso, o resultado não foi suficiente para mudar o equilíbrio da assembléia, já que a direita se mantém, apoiada na grande participação dos pequenos municípios rurais, tradicionalmente conservadores. O Senado passou neste domingo de 331 para 343 membros. A União por um Movimento Popular (direita, no poder), que perdeu a maioria absoluta na última eleição para o Senado, em 2004, continuará negociando com seus aliados centristas e radicais.