COCHABAMBA - O presidente Evo Morales e quatro dos nove prefeitos da Bolívia discutem a partir desta quinta-feira (18/09) um acordo nacional para pacificar este país, depois de três semanas de uma violenta convulsão que deixou pelo menos 19 mortos e uma sociedade polarizada.
Morales deve se reunir em Cochabamba, no coração da Bolívia, com os prefeitos (governadores) Rubén Costas (Santa Cruz), Mario Cossío (Tarija), Savina Cuéllar (Chuquisaca) e Ernesto Suárez (Beni) para delinear a construção de um pacto.
"Esperamos maturidade de todos os personagens para chegar a um acordo", disse à AFP o vice-ministro da Descentralização, Fabián Yaksic, que participou das negociações nos últimos dias com o prefeito Cossío, que foi o representante dos outros colegas 'rebeldes', incluindo o detido Leopoldo Fernández de Pando.
Depois de afirmar que o diálogo agonizava na terça-feira, Cossío, mudou de idéia e aceitou o pré-acordo negociado com o governo, o que permitiu o renascimento da possibilidade de um pacto nacional.
Morales respondeu que o diálogo era urgente e pediu um encontro com os opositores na quarta-feira, mas problemas de transporte e logística atrasaram a reunião, que terá a presença de 'mediadores' e 'testemunhas' internacionais. Yaksic anunciou que estarão presentes representantes da Unasul, da Igreja Católica, da União Européia, da OEA e da ONU.