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Avanços na medicina e boa alimentação prolongam a juventude

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PARIS - Uma boa alimentação e tratamentos em rápida evolução permitem distanciar os efeitos do envelhecimento para depois dos 80 ou 85 anos, afirmaram em Paris os especialistas do fórum "Envelhecer jovem". "A velhice é um fenômeno fisiológico sobre o qual se pode atuar", ressaltou o especialista em genética Axel Kahn, diante de centenas de pessoas, entre as quais havia várias cabeças brancas, reunidas na Casa da Unesco em Paris. Em 2015, os maiores de 60 anos serão mais numerosos do que os menores de 15 anos. A expectativa de vida mundial, que era de 46 anos em 1950, é atualmente de 67 anos, afirmou Koichuro Maatsura, diretor do Fundo das Nações Unidas para a Cultura, a Ciência e a Educação (Unesco). O professor Bruno Dubois, neurologista, insistiu nos "progressos consideráveis" no conhecimento do Mal de Alzheimer, que não está "ligado à idade", mas que "tarda a se manifestar". Uma vacina se mostrou "ativa" em ratos, e houve novos testes no seres humanos, mas com muitos efeitos secundários. "Estão sendo realizados novos testes com uma molécula muito menor", acrescentou. Quanto ao Mal de Parkinson, "sabemos tratá-lo", afirmou o professor Yves Agid, diretor científico do Instituto do Cérebro da França. Segundo vários oradores, os tratamentos genéticos de diversas doenças neurodegenerativas poderão apresentar resultados "nesta década". Tanto os especialistas em coração, como os de pele ou olhos, insistiram na importância de uma alimentação que evite as gorduras animais e favoreça o ômega 3, e da manutenção atividades físicas e intelectuais ao longo de toda a vida. O doutor Jean Marie Bourre, especialista em nutrição, destacou a importância que o consumo de ferro tem para o cérebro. O peixe, que aparentemente reduz em 40% o risco do Mal de Alzheimer e diminui pela metade o risco de doenças cardíacas, foi muito citado. Para ter um coração jovem é preciso seguir uma dieta à base de azeite de oliva, peixes, frutas e vegetais, regados com uma taça de vinho tinto, disse o doutor Jean Mariani, neurobiólogo. Ele insistiu no perigo do tabaco: um fumante multiplica por 45 o risco de artrite e perde "oito anos de expectativa de vida".