NUACHKOTT - Doze soldados mauritanos morreram nesta segunda-feira em um ataque atribuído pelos serviços de segurança a elementos do braço da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (Aqmi), cujo suposto líder exortou há um mês os mauritanos a "se prepararem para a guerra".
Este ataque cometido no norte do país, perto da fronteira com o Saara ocidental (Marrocos), é o mais mortífero dos três últimos anos na Mauritânia.
Ele foi perpetrado seis semanas depois do golpe de Estado que derrubou o presidente democraticamente eleito Sidi Uld Cheikh Abdallahi e levou ao poder militares comandados pelo general Mohamed Uld Abdel Aziz.
Na madrugada desta segunda-feira, uma unidade do Exército de "22 a 23 militares" estava "efetuando uma patrulha de rotina na fronteira norte" quando aconteceu o ataque, informou à AFP uma fonte da segurança.
Segundo esta fonte, os soldados "caíram em uma emboscada montada por elementos do ex-GSPC", o Grupo Salafista de Predicação e de Combate, rebatizado braço da Al-Qaeda no Magreb Islâmico.
"Doze soldados mauritanos morreram no ataque", disse a fonte.
Em um comunicado datado de 10 de agosto e divulgado na internet, o suposto líder do Aqmi, Abdelmalek Drukdel, pediu ao "povo da Mauritânia" que se preparasse "para a guerra".
No dia 4 de junho de 2005, 15 soldados morreram em um ataque cometido contra uma base militar de Lemgheity, no nordeste do país, e reivindicado pelo GSPC.