Sofia - Os chefes do Estado Maior dos países membros da Otan, reunidos desde sexta-feira na Bulgária, reafirmaram neste sábado (13) seu apoio à Geórgia, embora tenham evitado ir mais além para não criar um enfrentamento com a Rússia que desenhe um cenário semelhante ao da Guerra Fria.
"Examinamos o efeito do que ocorreu recentemente no Cáucaso", explicou o presidente do comitê militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o almirante italiano Giampaolo Di Paola, em uma entrevista coletiva em Sofia.
Di Paola lembrou que tanto a Otan quanto a União Européia expressaram sua "profunda preocupação em relação ao que aconteceu e sua solidariedade com a Geórgia e com o povo georgiano".
O militar, no entanto, tentou diminuir a tensão, afirmando que "o importante agora é manter o sangue frio e não reagir de maneira emocional, como acontece às vezes enquanto não se produz um fato".
"Isso não quer dizer que a Aliança não esteja analisando o ocorrido e suas possíveis conseqüências", acrescentou.
"É certo que a Aliança não deseja voltar para um cenário de Guerra Fria, e esperamos que a Rússia também não", afirmou o almirante.
Di Paola revelou que uma comissão da Otan viajará na próxima segunda-feira a Tbilisi com o objetivo de reiterar o apoio da Aliança à adesão da Geórgia.