GENEBRA - A comunidade internacional deve revisar sua maneira de atuar nos chamados "Estados frágeis", como Somália e Afeganistão, para garantir a relação entre segurança e desenvolvimento, considerou nesta sexta-feira (12/09) o presidente do Banco Mundial (Bird), Robert Zoellick.
Segundo Zoellick, os soldados e os trabalhadores humanitários deveriam cooperar e fazer políticas coerentes para tirar os países da pobreza e do conflito, declarou em uma conferência sobre a segurança em Genebra. "Sem esta cooperação, os esforços para salvar os Estados frágeis fracassarão e todos pagaremos as conseqüências", advertiu o diretor do Banco Mundial.
Um bilhão de pessoas vivem nestes Estados frágeis, entre as quais 340 milhões vivem em situação de pobreza extrema, acrescentou. O Banco Mundial consagrou 3 bilhões de dólares em 2008 para a ajuda ao desenvolvimento nos países afetados pela precariedade e o conflito, como Afeganistão, Iraque, Costa do Marfim e Territórios Palestinos, indicou Zoellick. "Mas este trabalho não é só questão de dinheiro", afirmou.
"O compromisso de ajudar os Estados frágeis significa também opor-se a muitos riscos que ameaçam a segurança, a governabilidade, o desenvolvimento e a legitimidade", declarou. Os esforços deveriam se concentrar em projetos concretos e visíveis, como educação, em vez de projetos políticos eleitorais grandiosos.