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Ike perde força em Cuba e cai para categoria 2

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HAVANA - O furacão Ike, que afeta nesta segunda-feira (08/09) o oriente de Cuba, perdeu força ao tocar a terra e foi rebaixado para a categoria 2 na escala Saffir-Simpson (que vai até 5), segundo os boletins meteorológicos. Ike, que entrou na ilha na noite de domingo por Punta Lucrecia, na província oriental de Holguín, avança paralelo à costa nordeste de Cuba em direção à região central com ventos de 165 km/h e rajadas superiores, de acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos. Às 6h locais (7h de Brasília), o centro do furacão estava situado 45 km ao sudeste da província oriental de Camagüey e se deslocava rumo ao centro de Cuba a 24 km/h, varrendo o território de leste a oeste, e deve passar perto de Havana na terça-feira. "Com esta trajetória avançará para o sudeste do Golfo do México terça-feira e é possível um enfraquecimento adicional a medida que o Ike se movimente sobre o centro de Cuba hoje", acrescenta o NHC. De acordo com o rumo previsto, o furacão pode afetar a Flórida ao seguir para o Golfo de México - onde os Estados Unidos produzem mais de 26% de seu petróleo - e a Louisiana. Fortes chuvas, inundações e ventos intensos afetam toda a região oriental, sobretudo em Holguín, onde o furacão danificou casas, derrubou árvores e provocou a interrupção do serviço de energia elétrica da província. Mais de um milhão de pessoas foram colocadas de sobreaviso em Cuba, principalmente em Holguín e Camagüey, e mais de 13 mil turistas no polo turístico de Varadero, na ocidental Matanzas, próxima a Havana. Antes de chegar a Cuba, o Ike provocou chuvas e inundações que mataram 47 pessoas no Haiti, somente na cidade de Cabaret, perto de Porto Príncipe, capital deste país pobre onde mais de 600 morreram nas passagens recentes dos furacões Hanna, Gustav e Fay. O Ike afeta Cuba uma semana depois do Gustav ter cruzado o oeste do país com ventos de 240 km/h (categoria 4) e rajadas de até 340 km/h, sem provocar mortes, mas deixando milhares de desabrigados e um rastro de destruição em Pinar del Río e na Ilha da Juventude.