As negociações internacionais sobre o plano dos Estados Unidos para vender tecnologia nuclear para fins pacíficos à Índia recomeçaram nesta quinta-feira (4/9). Os críticos argumentam que o acordo poderia atrapalhar décadas de avanço no sentido de desencorajar que países desenvolvam armas de destruição em massa. O vice-secretário dos EUA para assuntos políticos, William Burns, disse a repórteres que notou um "firme progresso" e acreditava em um acordo até esta sexta. "Os Estados Unidos acreditam firmemente que o passo que estamos considerando para a Índia fortalecerá a não-proliferação", disse Burns, o número 3 do Departamento de Estado.
Entre os opositores do acordo estão a Áustria, a Irlanda, a Nova Zelândia, a Noruega e a Suíça. A Índia já testou armas nucleares e se recusa a firmar acordos internacionais de não-proliferação. As reuniões estavam sendo mantidas pelo Grupo de Fornecedores Nucleares, órgão internacional que controla o comércio legal de materiais nucleares, que reúne 45 países. As conversas no mês passado terminaram em impasse, com mais de 10 países se opondo ao plano americano. Por mais de três décadas, os EUA mantiveram uma política de não vender material nuclear à Índia.