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Segurança e economia abrirão discurso de Obama

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Denver - O candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, iniciará seu discurso de encerramento da Convenção, no qual aceitará a indicação do partido, nesta quinta-feira (28/08) à noite, enfatizando as áreas de segurança e economia, de acordo com trechos antecipados por sua assessoria. Segundo o texto, Obama dirá que "como um comandante-em-chefe, eu nunca hesitarei em defender esta nação", mas destacará que "enviarei nossas tropas para arriscar suas vidas apenas para uma missão clara e com o compromisso sagrado de lhes fornecer o equipamento de que necessitam para lutar e o cuidado e benefícios que merecem quando voltarem para casa". Obama também dirá que os Estados Unidos enfrentam um de seus "momentos definidores", depois de prometer reativar a economia e restaurar a liderança moral da nação. "Esse momento - essa eleição - é nossa chance de manter vivo, no século 21, o sonho americano. Nós enfrentamos um desses momentos definidores - um momento em que nossa nação está em guerra, nossa economia está em turbulência, e o sonho americano foi ameaçado mais uma vez", destacará Obama. É o sonho americano "que sempre fez desse país um país diferente dos outros", completa a nota. "Se trabalharmos duro e fizermos sacrifícios, cada um de nós poderá atingir seu sonho e, além disso, unir-se à grande família americana para garantir que a próxima geração possa, por sua vez, perseguir esse sonho", dirá Obama. "É por isso que eu estou aqui esta noite. Porque, há 232 anos (em relação à independência dos EUA), a cada vez que esse sonho é ameaçado, homens e mulheres comuns, estudantes e soldados, agricultores e professores, enfermeiras e garis encontram a coragem de manter esse sonho vivo", reforçará. "E estamos aqui porque amamos muito esse país para deixar que os próximos quatro anos pareçam com os últimos oito. No dia 4 de novembro, temos de nos levantar e dizer 'oito, chega!' (em um jogo de palavras sobre o título de uma popular série de TV do início dos anos de 1980)", dirá o candidato, em um claro ataque a seu adversário republicano, John McCain, por oferecer "mais quatro anos" do mesmo. Nesse sentido, Obama criticará o balanço do governo do presidente George W. Bush: "Oh, América, nós somos melhores do que o que aconteceu nesses últimos oito anos. Somos um país melhor do que isso". Ainda sobre os republicanos, Obama avaliará que "o mesmo partido que lhes deu dois mandatos de George W. Bush e de (seu vice-presidente) Dick Cheney vai pedir a esse país um terceiro mandato". Na tentativa de se distanciar da estratégia da equipe republicana, que vem fazendo ataques pessoais a Obama, o democrata fará uma homenagem a McCain, um ex-veterano e prisioneiro de guerra do Vietnã, que "vestiu o uniforme do nosso país com bravura e distinção e, por isso, nós lhe devemos gratidão e respeito". "Mas o balanço é claro: John McCain votou (no Congresso) com George W. Bush 90% do tempo. O senador McCain gosta muito de falar de julgamento, mas, de fato, qual é o juízo de alguém que acha que Bush tem razão em mais de 90% das vezes? Eu não sei quanto a vocês, mas eu não estou pronto para lhe dar 10%".