ORLANDO - O candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, respondeu nesta terça-feira (19/08) a novas críticas sobre seu patriotismo feitas pelo republicano John McCain, a quem acusou de ter um discurso radical, mas que não apresenta soluções para a segurança nacional. "Se acreditarmos que podemos garantir a segurança de nosso país apenas com um discurso radical, e sem atuar com firmeza e inteligência, então não estamos entendendo este momento e desperdiçaremos as oportunidades que ele oferece", afirmou Obama.
O senador por Illinois fez esta declaração em Orlando, Flórida, durante a Convenção Anual dos Veteranos de Guerra (VFW), um dia depois que seu adversário o acusou ante o mesmo encontro de se conformar com "a retirada e fracasso no Iraque". Obama também criticou o senador do Arizona, ex-combatente e héroi do Vietnã, de recorrer a "velhas receitas partidárias para as quais é válido desafiar o oponente questionando seu patriotismo para ganhar uma eleição ao invés de oferecer soluções".
Na segunda, McCain igualmente acusou o democrata de sacrificar a lógica em favor de sua "ambição presidencial", pois, "em termos de segurança nacional, dar provas de bom juízo é uma das qualidades essenciais que deve exibir o próximo presidente". "Estes tempos são muito graves para esse tipo de retórica política", enfatizou Obama.
Na véspera, Obama foi enfático, durante uma reunião de doadores de campanha, que vai vencer a corrida presidencial de novembro. "Vencerei, não se preocupem com isso", afirmou Obama durante uma reunião para arrecadar fundos na Califórnia (oeste), que lhe lhe garantiu 7,8 milhões de dólares, segundo anunciou sua equipe de campanha.
Cerca de 3 mil pessoas participaram no evento realizado na noite de domingo. A campanha presidencial americana entrou numa fase com a aproximação das convenções do partido Democrata (25 de agosto) e Republicano (1o. de setembro). A diferença nas pesquisas entre os dois candidatos à Casa Branca está diminuindo, segundo revelou nesta terça-feira a Universidade de Quinnipiac.
Obama tem 47% das intenções de voto, contra 42% para McCain. Há um mês, o mesmo instituto dava uma vantagem de 9% para Obama (50% contra 41%). O candidato republicano parece ter se beneficiado de suas posições firmes contra a Rússia. Uma ampla maioria dos americanos (55% contra 27%) acredita que o senador do Arizona está mais preparado para tratar com a Rússia do que o candidato democrata.
Desde o início do conflito entre a Rússia e a Geórgia, McCain defendeu a causa de Tbilisi, culpando apenas Moscou. Obama, que também condenou a "agressão russa", primeiro pediu contenção a ambas as partes.
McCain lidera entre o eleitorado masculino (46% contra 41%), entre os brancos (48% contra 40%) e os cristãos evangélicos (65% contra 25%). Obama é majoritário entre o eleitorado feminino (53% contra 39%), entre os negros (94% contra 4%) e entre os jovens da faixa etária 18-34 (55% contra 36%). Obama também lidera na faixa etária 35-54 (48% contra 44%). McCain, 71 anos, esta na frente em contrapartida (47% contra 40%) no eleitorado de mais de 55 anos.
A economia ainda é o principal assunto de preocupação para 52% dos eleitores. A pesquisa foi realizada de 12 a 17 de agosto junto a 1.547 pessoas com uma margem de erro de 2,5%.