Um juiz nos Estados Unidos libertou nesta terça-feira (12/08) um homem que passou 18 anos na prisão, condenado pelo estupro de uma menina de 10 anos, depois que um teste de DNA mostrou que ele não cometeu o crime. Robert McClendon, de 52 anos, foi libertado pelo juiz Charles Schneider, que justificou a decisão com o resultado do exame. O teste mostrou que seu DNA difere totalmente das provas da cena do crime, usadas para sua condenação.
Os parentes e amigos de McClendon o abraçaram na saída da prisão quando ele encontrou sua filha de 20 anos, Rahshea' Knaff, e sua neta de nove meses, Sa'Rai Shelton, que ele conheceu hoje. Jennifer Bergeron, advogada do Projeto para a Inocência no estado norte-americano de Ohio, disse esperar que os procuradores retirem as acusações contra McClendon nas próximas duas semanas. "Ficar 18 anos na prisão por algo que você não fez e depois saber que você sairá como um homem livre é demais para apenas um dia", disse Bergeron.
O procurador do condado de Franklin, Ron O'Brien, não acredita que ocorrerá um novo julgamento do estupro. McClendon disse que quer arrumar agora um bom emprego, talvez iniciar um negócio e, se necessário, falar em público sobre a utilidade os testes de DNA. "Não é apenas por mim. Acredito que existam outras pessoas na prisão como eu, assim como existem pessoas na prisão que são mesmo culpadas", disse.
McClendon, que negou ter violado a menina, foi sentenciado em 1991 a uma pena de 15 anos de reclusão à prisão perpétua. A justiça lhe negou um pedido de liberdade condicional em 2007.