A Organização das Nações Unidas (ONU) conseguiu a garantia de que corredores humanitários serão criados para que entidades de resgate consigam chegar até as vítimas dos conflitos na Geórgia, enquanto o Comitê Internacional da Cruz Vermelha já planeja o envio de médicos e toneladas de remédios para as áreas de conflito. Entidades e moradores em Tblisi, a capital da Geórgia, alertam que a situação é "caótica".
Maia Kardava, representante do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) na capital da Geórgia, disse que o governo local se esforça para tentar demonstrar à população que não há o que temer. "As mensagens pedindo calma são constantes", afirma. Segundo ela, locais muito próximos à capital foram bombardeados. "As pessoas estão sendo obrigadas a se organizar para se movimentar pela cidade", disse.
O CICV confirma que está se preparando para enviar uma equipe de cirurgiões à Geórgia. "Sabemos que o número de vítimas é muito grande", lembra Maia. Além disso, 15 toneladas de equipamentos para o tratamento de água serão enviados de Genebra a Tblisi. O material seria suficiente para garantir água potável a 20 mil pessoas. Outras 8 toneladas de remédios também estariam a caminho. Mas isso seria suficiente para atender apenas a 400 pessoas. Um dos problemas é que ninguém sabe dizer quando é que as entregas conseguirão ser feitas.
Neste sábado, o alto comissário da ONU para Refugiados, Antonio Guterres, deixou claro que os corredores humanitários precisam ser criados com urgência. As Nações Unidas, ao final do dia, receberam garantias de que dois corredores seriam estabelecidos. Um deles ligaria a Ossétia do Sul à Rússia. O outro iria da região em conflito à capital da Geórgia, Tblisi.