O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, disse hoje, em conversa com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pelo telefone, que a Geórgia deve retirar seu exército da província separatista da Ossétia do Sul para que as hostilidades sejam suspensas. Medvedev teria dito ainda a Bush que a Georgia, país aliado dos EUA, deve assinar um acordo legal prometendo não mais usar a força na região.
O presidente russo também expressou esperança de que os EUA possam persuadir a Georgia a atender tais demandas e justificou a ofensiva militar russa, dizendo que seu país tem de agir para proteger os cidadãos da província e assegurar a paz.
Mais cedo, Bush disse em Pequim, onde acompanha os Jogos Olímpicos, que a ampliação do conflito para além da província separatista da Ossétia do Sul coloca em risco a paz na região e pediu a suspensão dos bombardeios russos. Ele se referia a ocorrência de bombardeios russos em cidades da Geórgia, como Gori. "Estou profundamente preocupado com a situação na Geórgia" disse Bush. "Os ataques estão ocorrendo em regiões da Geórgia distantes da área de conflito na Ossétia do Sul e isto representa uma perigosa escalada da crise.
O presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, propôs cessar-fogo na província separatista da Ossétia do Sul e, segundo o secretário do Conselho de Segurança, Alexander Lomaia, a proposta significaria que o exército da Geórgia poderia retirar-se da capital de Tskinvali. Mesmo assim, antes do anúncio da proposta de cessar-fogo, o Parlamento da Geórgia havia endossado decreto introduzindo lei marcial por 15 dias, permitindo a mobilização de reservistas e trabalho contínuo, durante 24 horas, das agências do governo. Logo após o ataque russo a cidades da Geórgia, Saakashvili declarou que o país estava em "estado de guerra" e que o país estava em "situação de total agressão militar".
O conflito entre o exército da Geórgia e russo foi iniciado ontem, depois de a Geórgia lançar ofensiva para retomar o controle da província separatista da Ossétia do Sul, detonando uma resposta da Rússia, que mantém relação próxima com esta província, assim como a de Abkházia. As informações são de agências internacionais.