NOVA DÉLHI - Exilados tibetanos na Índia e no Nepal realizaram protestos contra a China nesta quinta-feira (07/08), na véspera da abertura oficial dos Jogos Olímpicos de Pequim, dizendo que a ocasião é uma oportunidade para que seus pedidos sejam ouvidos ao redor do mundo.
Cerca de 1.000 tibetanos marcharam em Nova Délhi carregando bandeiras do Tibete e repetindo slogans como "Diga não às Olimpíadas de Pequim" e "Não aos Jogos Olímpicos na China".
"Continuaremos com nossas manifestações durante as Olimpíadas para chamar a atenção para as violações dos direitos humanos no Tibete", afirmou Dhondup Dorjee, vice-presidente do grupo radical Tibetan Youth Congress (Congresso Jovem Tibetano).
Tropas policiais e paramilitares que controlavam o protesto carregavam extintores de incêndio e baldes d'água, temendo que manifestantes ateassem fogo ao próprio corpo.
Há dois anos, um tibetano ateou fogo ao próprio corpo em Mumbai, em frente ao hotel onde o presidente chinês Hu Jintao estava hospedado.
Mais de 100.000 refugiados tibetanos moram atualmente na Índia, incluindo o líder espiritual Dalai Lama e líderes de grupos radicais pela independência do Tibete, que freqüentemente organizam protestos no país.
Seis tibetanos em greve de fome em Nova Délhi foram hospitalizados nesta semana, apresentando sinais de desidratação severa.
No Nepal, cerca de 600 tibetanos foram detidos após choques com a polícia durante um protesto em Kathmandu.
Mais cedo, 1.500 exilados tibetanos haviam organizado uma manifestação para protestar contra a violência chinesa no Tibete.