PEQUIM - Vários movimentos de defesa dos direitos humanos e organizações religiosas decidiram convocar a imprensa para manifestações discretas nos quartos de Pequim, dois dias antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. Nesta quarta-feira (06/08), militantes pró-Tibete tentaram apresentar a jornalistas em um quarto de hotel um documentário sobre os sentimentos dos tibetanos em relação aos Jogos de Pequim, com o título "Deixar para trás o medo".
Porém, apenas seis repórteres conseguiram chegar ao local, antes que a segurança do hotel bloqueasse elevadores e escadas. Além disso, o gerente do estabelecimento, um europeu, determinou o fim da projeção depois de cinco minutos. Já o pastor americano Eddie Romero, que pedia a libertação dos cristãos e os militantes a favor dos direitoos humanos que permanecem detidos na China, transformou dois quartos de dois hotéis em "salas de interrogatório" com manequim, sangue falso e slogan incluídos.
Antes de tudo ser descoberto, os jornalistas convidados entraram no quarto com uma chave escondida sob o cartaz de "Não irritar" da porta. O pastor Romero teve que cancelar atos similares planejados para outros dois hotéis porque as medidas de segurança eram muito rígidas.