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Obama quer reduzir dependência de petróleo importado

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O candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, anunciou ontem (04/08) seu plano de energia e prometeu acabar com a dependência americana do petróleo importado do Oriente Médio e da Venezuela em dez anos. "Vamos investir US$ 150 bilhões nos próximos dez anos para criar uma economia que aproveite energia e crie 5 milhões de novos empregos nos EUA", disse Obama. Seus planos incluem um crédito fiscal de US$ 7 mil para consumidores que comprem veículos de alta tecnologia energética e US$ 4 bilhões para que as montadoras de Detroit fabriquem carros híbridos, com motor a gasolina e elétrico. Como exemplo, ele prometeu converter a frota da Casa Branca em veículos elétricos em um ano. Em seu discurso de ontem, Obama justificou suas duas últimas mudanças de posição: o apoio ao uso de petróleo da reserva estratégica dos EUA para aliviar os preços da gasolina e o aval para a perfuração de petróleo na costa americana. A última vez que reservas americanas foram usadas foi em 2005, depois do furacão Katrina. "O principal desafio de nossa geração é acabar com a dependência do petróleo", disse. McCain - Ontem, o republicano John McCain, adversário de Obama, voltou a falar sobre sua principal proposta para diminuir a dependência energética dos EUA: a exploração de petróleo na região costeira. Em 1981, o Congresso suspendeu explorações em alto-mar. A proposta de revisão dessa moratória está paralisada e tem a oposição ferrenha da presidente da Câmara, Nancy Pelosi. "Não vamos atingir a independência energética enchendo os pneus do carro", disse McCain, ridicularizando a campanha de Obama, que recomendou que os americanos enchessem seus pneus periodicamente para melhorar o desempenho dos veículos. No longo prazo, Obama propõe que todos os carros novos fabricados nos EUA sejam bicombustíveis e que, até 2020, 10% de toda energia usada no país venha de fontes renováveis. O democrata também promete cobrar de China e Brasil compromissos para redução da emissões de gases estufa.