O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse nesta terça-feira (29/07), em conversas com os mais graduados funcionários americanos, que seu país não descarta um ataque militar contra o Irã. Barak, que já foi primeiro-ministro israelense, faz uma visita de dois dias a Washington e participa de reuniões na Casa Branca, no Pentágono e no Departamento de Estado. Ele revelou à imprensa que afirmou, durante os encontros, que ainda existe tempo para buscar uma solução diplomática com o Irã.
Ao mesmo tempo, disse aos americanos que o Irã coloca uma ameaça maior ao mundo inteiro e por isso Israel "não removerá nenhuma opção da mesa." Os EUA também não descartaram um ataque militar para impedir a suposta busca do Irã por armas nucleares, mas uma investida israelense é mais provável a curto prazo. Barak não revelou que conselho ele recebeu dos americanos.
Os Estados Unidos e Israel acusam o Irã de desenvolver em segredo um programa nuclear bélico. O governo iraniano nega, assegura que suas usinas atômicas têm fins estritamente pacíficos de geração de energia elétrica e já declarou em diversas ocasiões que não pretende interromper suas atividades nucleares.
Já os funcionários americanos disseram a Barak que os planos israelenses de expandir os assentamentos judaicos na Cisjordânia são um problema no processo de paz com os palestinos. O tema será tratado nesta semana pela secretária de Estado, Condoleezza Rice, durante reuniões com importantes negociadores palestinos e israelenses.