O governo italiano prorrogou nesta sexta-feira (25/07) o estado de emergência e o estendeu a todo o país, para enfrentar aquilo que é definido como um excepcional fluxo de "cidadãos extracomunitários", ou seja, de fora da União Européia, à Itália, informou a agência italiana Ansa. O estado de emergência, que já vigorava desde 2002 em três regiões do sul, foi estendido a todo o país, e tem o objetivo de "potencializar as atividades de contraste e gestão do fenômeno," da imigração.
A medida, defendida pelo ministro do Interior, Roberto Maroni, atraiu críticas da oposição de centro-esquerda. O estado de emergência nas regiões do sul, onde desembarca a maioria dos imigrantes clandestinos vindos da África e do Leste do Mediterrâneo, já vigorava durante o segundo governo do premiê de centro direita Silvio Berlusconi (2001-2006), e vigorou durante o governo de centro-esquerda de Romano Prodi (2007-2008).
Nesta sexta, as autoridades descobriram 34 clandestinos - a maioria afegãos e curdos - a bordo de um navio vindo da Grécia, no porto de Bari (região da Puglia, sul). Ontem, duas embarcações com 147 clandestinos, vindas da África, foram interceptadas perto da ilha de Lampedusa, ao sul da Sicília.