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Ex-motorista de Bin Laden preso em Guantánamo denuncia maus-tratos

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WASHINGTON - O ex-motorista de Osama bin Laden, Salim Hamdan, afirmou ter sido humilhado por uma mulher durante um interrogatório e fez referências a outros maus-tratos, segundo reporta a imprensa americana nesta quarta-feira (16/07). Um juiz federal decidirá na sexta-feira se levará adiante ou não o processo de Hamdan, o primeiro iniciado no campo da base naval de Guantánamo (Cuba) em 2001. À espera dessa decisão, esta semana estão sendo realizadas as audiências preliminares. Segundo jornalistas norte-americanos presentes em Guantánamo para acompanhar o caso, Salim Hamdan narrou como foi humilhado por uma mulher presente em seu interrogatório. "Ela se aproximou de mim, com todo seu corpo, e tocou na minha coxa", contou ele ao Washington Post. "Eu não podia fazer nada, pois tinha medo dos soldados". O iemenita, que está há mais de seis anos em Guantánamo, contou ainda ao New York Times, que, quando foi levado ao campo, os soldados o vendaram e imobilizaram seu corpo numa posição que agravou um ferimento que tinha nas costas. "A dor era tão intensa que nem tenho como descrever", explicou.