Cidade de Gaza - O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, vai visitar na próxima semana a Cisjordânia, como parte de uma viagem do senador ao Oriente Médio. Obama deve se encontrar com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, no dia 23 de julho, em Ramallah. A informação foi divulgada hoje pelo negociador palestino Saeb Erekat.
Durante a mesma viagem, Obama deve se encontrar também com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e outros funcionários israelenses. O rival de Obama na disputa pela presidência, o republicano John McCain, visitou Israel em março, porém não realizou encontros com os palestinos.
A posição de McCain para a região não deve ser muito diferente da adotada pelo atual presidente dos EUA, George W. Bush. Já a de Obama não é tão clara. Em um recente discurso, Obama chegou a dizer que é partidário de uma Jerusalém "sem divisões". O comentário enfureceu tanto líderes árabes que o democrata precisou divulgar uma nota de esclarecimento, dias depois, afirmando que não se opunha às negociações entre palestinos e israelenses sobre o futuro da cidade.
Blair - O enviado especial do Quarteto ao Oriente Médio, Tony Blair, visitará a Faixa de Gaza esta semana, informou um porta-voz do Hamas. Será a primeira vez que o ex-primeiro-ministro britânico irá ao território desde que o grupo islâmico assumiu o controle total do território em meio a combates com a laica Fatah ocorridos há pouco mais de um ano.
Representante do Quarteto para o Oriente Médio, Blair deve se encontrar com homens de negócios e inspecionar um projeto no norte de Gaza para melhorar o aproveitamento da água, construído com financiamento internacional. A informação foi confirmada por empresários palestinos e funcionários envolvidos na viagem, que falaram sob condição de anonimato.
Segundo essas fontes, é improvável que o britânico se encontre com membros do Hamas, grupo que prega a destruição de Israel e é considerado terrorista por Estados Unidos, Israel e União Européia. A comunidade internacional não reconhece o governo do Hamas em Gaza. Funcionários temem que qualquer visita possa ser entendida como uma aprovação à organização.
Blair representa o Quarteto para o Oriente Médio - formado por Estados Unidos, Rússia, União Européia e Nações Unidas. O grupo trabalha para auxiliar na realização de um acordo de paz entre palestinos e israelenses. O ex-primeiro-ministro trabalha para ajudar a reativar a combalida economia palestina, de modo a criar as bases para um futuro Estado palestino independente.