Mais de 40 nações, entre elas Israel e alguns Estados árabes, concordaram neste domingo (13/07) em trabalhar por uma região livre de armas de destruição em massa no Oriente Médio. A declaração final da cúpula de lançamento da União pelo Mediterrâneo afirma que seus membros se engajarão para conseguir uma "zona do Oriente Médio livre de armas de destruição em massas". A restrição incluiria armas nucleares, químicas e biológicas, segundo o comunicado. Os países irão "avaliar passos práticos para evitar a proliferação" dessas armas, aponta o texto.
Os signatários da declaração incluem o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e líderes da Síria e de países do Oriente Médio, norte da África e Europa. Acredita-se que Israel tenha armas nucleares. Mas a política do país para o setor é chamada de "ambigüidade nuclear", nem confirmando nem negando essa informação. A questão das armas nucleares na região ganhou importância nos últimos tempos, com a crescente tensão entre Israel e Irã. Para os Estados Unidos e outros países, Teerã busca armas nucleares. O governo iraniano mantém suas atividades de enriquecimento de urânio, alegando que busca apenas fins pacíficos, como a produção de energia. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) já pediu que o país interrompa esse processo.
O temor de que o Iraque tivesse armas de destruição em massa foi apontado pelo governo dos EUA como uma das principais razões para se invadir o país. Após a invasão em 2003, porém, as armas não foram encontradas. Em outro episódio, aviões militares israelenses destruíram o que a inteligência norte-americana denominou como um reator nuclear na Síria, no ano passado. Funcionários dos EUA acreditam que a Coréia do Norte auxiliou Damasco em seu programa nuclear, que tinha como objetivo produzir plutônio. Porém, não está claro se havia o objetivo de se produzir armas. As autoridades sírias afirmaram que a única intenção do país era um programa militar não nuclear.