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Bogotá nega traição dos dois homens das Farc responsáveis pelos reféns

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A guerrilha das Farc se equivoca ao acusar de traição dois de seus homens encarregados de vigiar os reféns e detidos durante a operação militar que permitiu o resgate de Ingrid Betancourt e de outros 14 seqüestrados, declarou neste sábado o ministro colombiano da Defesa, Juan Manuel Santos. "Em vez de aceitar a derrota com dignidade, as Farc culpam seus próprios homens", lamentou Santos. "Elas (as Farc) chamam 'Gafas' e 'Cesar' de traidores. Então, que chamem também de traidor 'Mono Jojoy' (Jorge Briceno, o chefe militar do movimento guerrilheiro), que se deixou infiltrar pelo Exército", disse o ministro. Em comunicado divulgado sexta-feira na internet, o comando das Farc alegou que o resgate dos 15 reféns só foi possível graças à traição de 'Gafas' e 'Cesar', responsáveis pela custódia dos seqüestrados. "A fuga dos 15 prisioneiros de guerra, em 2 de julho passado, foi a conseqüência direta da conduta desprezível de Cesar e Enrique (mais conhecido como 'Gafas'), que traíram seu compromisso revolucionário e a confiança que havia sido depositada neles", destacou o texto emitido pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Segundo Bogotá, a franco-colombiana Ingrid Betancourt e outros 14 reféns, entre os quais três americanos, foram resgatados em uma operação conduzida de forma brilhante por agentes de inteligência do Exército que conseguiram infiltrar a guerrilha. Os Estados Unidos solicitaram à Colômbia a extradição de 'Cesar' e 'Gafas', cujos nomes verdadeiros são Gerardo Aguilar e Alexander Farfan.