O presidente do Sudão, Omar al-Bashir, deverá ser indiciado por crimes de guerra e contra a humanidade pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). Contra ele pesam os 200 mil mortos em Darfur, 2,7 milhões de refugiados e algumas das maiores atrocidades da década. Se o anúncio oficial for feito na segunda-feira, como previsto, será a primeira vez que um chefe de Estado em atividade será acusado no TPI, que foi estabelecido em 2002 e tem sede em Haia, Holanda.
O possível indiciamento intensificou a tensão em Cartum. O governo teme ficar ainda mais isolado. O regime de Cartum já foi acusado pelos EUA de participar do "primeiro genocídio do século 21".
Mas o governo se defende: "Onde estão os cemitérios? Se alguém me mostrasse, seria uma prova. Caso contrário, não passa de uma campanha internacional contra o Sudão", disse o vice-ministro da Justiça, Abdoldaem Mohameain Ali Zomrawi.