LOS ANGELES - O principal sindicato de atores de cinema e televisão dos Estados Unidos, o SAG, negou nesta sexta-feira (12/07) a versão dos estúdios de que rejeitou a "oferta final" realizada pela Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP).
Após uma reunião do comitê negociador do SAG, a direção do maior sindicato de atores destacou que se reuniu para definir estratégias de negociação e que segue comprometida em obter as condições para um contrato justo.
"Nosso comitê nacional de negociação não rejeitou a oferta da AMPTP, como foi informado, equivocadamente", destaca um comunicado do SAG.
Na véspera, os estúdios de Hollywood comunicaram que os comediantes tinham rejeitado sua oferta final, em busca de mais benefícios para diretores, roteiristas e outros grupos de atores da indústria.
"Fizemos uma contraproposta compreensiva que adota algumas de suas propostas (dos estúdios) e oferece alternativas em outros pontos", destacou o SAG.
"Houve uma aproximação significativa e seguimos comprometidos com nossos princípios de negociação", disse Doug Allen, diretor-executivo do SAG e membro do comitê negociador.
Depois de uma reunião de mais de 5 horas realizada na noite de quinta-feira, para que o SAG respondesse a uma proposta de 43 páginas realizada pela AMPTP, a Aliança dos Produtores divulgou um comunicado garantindo que os atores tinham rejeitado sua "oferta final".
Os atores de cinema desejam o aumento dos salários de seus colegas de menos exposição, além de uma maior parcela nos lucros dos estúdios com as vendas de DVD e de produtos ligados às novas plataformas tecnológicas.
A situação gera temores de uma greve igual a dos roteiristas, que interromperam seus trabalhos durante cem dias, entre novembro e fereveiro deste ano, o que levou a indústria ao caos e a perdas de US$ 2 bilhões.