Os detalhes divulgados pela polícia após o interrogatório do primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, envolvido em um caso de um escândalo de corrupção, podem tornar ainda mais difícil sua manutenção no cargo. Após ouvi-lo, a polícia informou que expandiu a investigação, para abranger o financiamento de viagens ao exterior feitas por Olmert enquanto era prefeito de Jerusalém e ministro, antes de ser eleito primeiro-ministro, em 2006.
As revelações indicaram que o escândalo de corrupção era maior que o originalmente suposto. Os novos fatos são os mais graves desde o início da investigação por Olmert ter supostamente aceitado fundos ilícitos, em maio. De acordo com os novos dados, Olmert embolsou algo como US$ 100 mil (R$ 160 mil) ao enganar diversas fontes, que pagavam pela mesma viagem.
Desde o início do caso, em maio, o premiê nega qualquer irregularidade e prometeu renunciar caso seja indiciado. O ponto central da investigação envolve um empresário norte-americano, que doou centenas de milhares de dólares antes de Olmert chegar ao poder, em 2006. Ele foi prefeito de Jerusalém por dez anos, até 2003, quando tornou-se o ministro de Indústria e Comércio, no governo do primeiro-ministro Ariel Sharon.
O partido de Olmert, o Kadima, planeja uma eleição primária em setembro que poderia substituí-lo como líder do país, em setembro. O Partido Trabalhista, da coalizão atualmente no poder pressiona o Kadima para que aponte outro nome para o cargo de primeiro-ministro.