BOGOTÁ - A guerrilha colombiana do Exército de Libertação Nacional (ELN), a segunda maior do país, mantém em seu poder cerca de 240 seqüestrados dos quais não se sabe nada, alertou na quinta-feira a organização não governamental País Livre. "O ELN, de 2000 a 2007 sequestrou 3.293 pessoas e delas 240 ainda são mantidas reféns", indicou a porta-voz da País Livre, Claudia Calle, destacando também que nos últimos 6 anos 153 pessoas morreram nas mãos dessa guerrilha.
Calle revelou esses números à imprensa para chamar a atenção para os reféns do ELN, no momento em que o país está voltado apenas para os seqüestrados das Farc, após o resgate de um grupo de 15 deles no dia 2 de junho pelo Exército. O ELN conta atualmente com não mais de 2.000 membros, segundo o Exército.
Na quarta-feira, o presidente Uribe ordenou que o Exército lançasse uma ofensiva frontal contra o ELN, após o fracasso das negociações realizadas em Cuba de dezembro de 2005 a agosto de 2007. De acordo com a País Livre, atualmente na Colômbia 2.785 pessoas estão seqüestradas, tanto por grupos armados ilegais como por criminosos comuns.
Uma grande manifestação pela libertação de "todos os seqüestrados" será realizada no país no dia 20 de julho, em uma iniciativa surgida após o resgate de 15 reféns das Farc, a franco-colombiana, Ingrid Betancourt, os norte-americanos Marc Gonsalves, Thomas Howes e Keith Stansell, e 11 militares e policiais colombianos.