JERUSALÉM - A polícia e a justiça israelense anunciaram nesta sexta-feira (11/07) que pesam novas suspeitas sobre fraudes no financiamento de viagens contra o primeiro-ministro israelense Ehud Olmert. Segundo comunicado da polícia e da promotoria, estas novas suspeitas estão realacionadas com as viagens que ele fez quando era prefeito de Jerusalém e ministro do Comércio e Indústria, antes de ocupar de primeiro-ministro, em janeiro de 2006.
Olmert, suspeito de ter recebido dinheiro de um empresário americano, foi interrogado de novo nesta sexta-feira em sua residência pela polícia antifraudes. Este é o terceiro interrogatório de Olmert desde 2 de maio em função deste caso, que prejudicou consideravelmente sua imagem e forçou seu partido Kadima a organizar eleições primárias em setembro.
Formalmente, o premiê é suspeito de fraude e de abuso de confiança, assim como de cometer irregularidades no financiamento de suas campanhas eleitorais. Segundo a imprensa, também é suspeito de corrupção, depois de novos indícios nos Estados Unidos segundo os quais teria utilizado sua influência, antes de virar primeiro-ministro em 2006, para favorecer os negócios de um doador americano.
Olmert se defende explicando que o dinheiro que recebeu foi utilizado apenas para financiar suas campanas e assegurou que não ficou com um centavo sequer, o que, segundo ele, não o obriga a renunciar a seu cargo.