CIDDADE DO VATICANO - O Vaticano condenou como uma forma de eutanásia a decisão da justiça italiana de autorizar a interrupção da alimentação de uma mulher em coma há mais de 16 anos, informou nesta quarta-feira (09/07) à agência Ansa o monsenhor Rino Fisichella, presidente da Pontifícia Academia pela Vida.
A Corte de Apelações de Milão autorizou ao pai de Eluana Englaro a interromper a hidratação e alimentação artificiais que mantêm com vida sua filha desde 18 de janeiro de 1992, quando um acidente de carro a levou ao coma do qual nunca mais saiu.
Eluana Englaro está hospitalizada desde essa data num coma considerado irreversível pelos médicos, e seu pai reclama desde 1999 a suspensão de seu tratamento. "De fato é aplicação de eutanásia", declarou o monsenhor Fisichella, que considerou que se deve apresentar recurso ante uma corte superior.