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Barack Obama e John McCain alertam para perigo representado pelo Irã

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WASHINGTON - Os candidatos democrata e republicano à Casa Branca, Barack Obama e John McCain, respectivamente, alertaram nesta quarta-feira (09/07) para o perigo representado pelo Irã depois da divulgação da notícia de que Teerã realizou testes com mísseis com alcance suficiente para chegar a Israel. Obama defendeu aplicação de uma "diplomacia agressiva" em relação ao Irã, acompanhada de sanções econômicas. "Não há nenhuma dúvida de que somos testemunhas de um agravamento das tensões nesta região. E é, em parte, a razão de que para nós é importante ter uma política coerente e respeitosa em relação ao Irã", afirmou Obama em declarações à CNN. "O Irã deve ser objeto de sanções econômicas, assim como uma diplomacia direta. Devemos ter uma diplomacia agressiva que, infelizmente, faz falta há anos", afirmou Obama. "Se não fizermos isso, continuaremos vendo crescer as tensões, o que poderá resultar em verdadeiros problemas", acrescentou o candidato democrata, acrescentando que é hora de os Estados Unidos tenham um novo papel diplomático central em relação ao Irã. "Uma parte do problema atual é que, fundamentalmente, deixamos a diplomacia nas mãos dos europeus. Devemos nos comprometer ativamente". "Constatamos que durante os anos Bush as exportações americanas para o Irã aumentaram. Isso é um erro porque envia mensagens contraditórias". Já McCain afirmou que o teste que Teerã fez com um míssil Shahab 3, com capacidade de alcançar Israel, demonstra as 'perigosas ambições' do Irã. "Os recentes testes do Irã provam novamente o perigo que esse país representa para seus vizinhos e toda a região, particularmente Israel", afirmou em um comunicado. "O teste de míssil balístico, somado à eterna recusa do Irã de cessar suas atividades nucleares, deveria unir a comunidade internacional num esforço conjunto para fazer frente às perigosas ambições do Irã", acrescentou. McCain afirma igualmente que os testes iranianos demonstram a necessidade que os Estados Unidos têm de possuir um sistema de defesa antimíssil eficaz.