O governo do Zimbábue considerou "racistas", as ameaças, por parte dos líderes do G8, de aplicar medidas econômicas contra o país e de questionar a legitimidade do presidente Robert Mugabe, o que, pressupõe, representa um "insulto" aos dirigentes africanos.
"Querem debilitar a União Africana e os esforços do presidente (sul-africano Thabo) Mbeki porque são racistas, porque acham que só os brancos pensam de forma correta", destacou o ministro zimbabuense da Informação, Bright Matonga, à AFP.
"É um insulto aos dirigentes africanos", acrescentou Matonga, em referência à declaração publicada nesta terça-feira (08/07) na reunião de cúpula do Japão pelos líderes das oito potências mundiais (G8) na qual expressaram "grave preocupação" ante a situação do país, além de rejeitarem a "legitimidade" do novo governo.
Matonga insistiu em que Mugabe, que há 15 dias prestou juramento para o sexto mandato presidencial consecutivo, é o líder indiscutível do Zimbábue.