O depoimento de Elisabeth Fritzl, vítima de incesto que foi mantida presa por 24 anos por seu pai, deve começar ainda neste mês. Os trabalhos contarão com a ajuda de um médico, para determinar como um dos sete bebês que ela teve com o pai morreu, informou nesta terça-feira (08/07) o procurador da cidade de Saint Poelten, Gerhard Sedlacek. Segundo ele, as autoridades pretendem acusar formalmente Josef Fritzl em poucos meses. Com isso, o julgamento poderia começar antes do fim do ano.
Fritzl disse aos investigadores que teve sete filhos com a própria filha. Três foram criados juntos com a mãe, presos em uma cela na casa dele em Amstetten. Testes de DNA confirmaram que ele é o pai biológico das seis crianças que sobreviveram. Segundo as autoridades, Fritzl confirmou ter incinerado o cadáver de um bebê, identificado como um de um casal de gêmeos nascido em 1997. Ele pode ser acusado de homicídio se ficar comprovado que teve algum papel na morte da criança
O austríaco e a esposa dele criaram as outras três crianças. Fritzl contou à mulher que a filha deixou os bebês na porta da casa da família. De acordo com as autoridades, as outras três crianças ficavam confinadas na prisão, no porão da residência.