BUENOS AIRES - A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, congratulou-se nesta quarta-feira (02/07) com a libertação da franco-colombiana Ingrid Betancourt, que esteve em poder das Farc desde 2002, ao considerá-la "uma vitória da vida e da liberdade".
"Acabo de ser informada", disse a presidente em um pronunciamento na cidade de Chivilcoy (140 km a oeste) ante uma multidão que recebeu a notícia com uma aclamação. "Vocês sabem de meu compromisso com essa causa. Quero cumprimentar sua mãe Yolanda (Pulecio) e a própria Ingrid porque esta é uma vitória da vida e da liberdade", acrescentou a presidente.
Cristina Kirchner havia se envolvido pessoalmente na luta pela libertação de Betancourt: a mãe de Ingrid, inclusive, esteve presente na cerimônia de posse da presidente em dezembro.
O ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007) chegou a participar de uma frustrada operação internacional no final de 2007 para conseguir a libertação de Clara Rojas, ex-companheira de chapa presidencial de Betancourt, de seu pequeno filho Emanuel, nascido em cativeiro, e da ex-parlamentar Consuelo González.
Em La Paz, o presidente da Bolívia, Evo Morales, saudou a libertação e manifestou desejo de que avance o processo de paz na Colômbia. "Esta libertação é importantíssima para uma busca da paz entre as Farc e o governo colombiano", afirmou Morales em discurso improvisado na casa presidencial.
Já o Equador recebeu com alívio o resgate militar que possibilitou a libertação de Ingrid Betancourt e de outros 14 reféns, mas lamentou que a libertação não tenha sido resultado de uma negociação de paz, disse o ministro da Defesa, Javier Ponce, à AFP.
Para o chanceler peruano José García Belaunde, a libertação representou o "triunfo da democracia sobre o terrorismo".