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Colômbia infiltrou militares nas Farc, diz ministro

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O ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, disse que, para libertar a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt e mais 14 reféns em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), os comandos militares do país conseguiram "se infiltrar na primeira quadrilha das Farc, a mesma que manteve durante os últimos anos a um grupo numeroso de seqüestrados em seu poder". Segundo ele, os soldados infiltrados conseguiram convencer a guerrilha a reunir os seqüestrados, que estavam divididos em três grupos, em um só, que em seguida foi levado ao sul da Colômbia "para que fossem recolhidos em um lugar por um helicóptero de uma organização fictícia" Aparentemente, guerrilheiros armados subiram no helicóptero com os reféns. Um guerrilheiro de codinome César e outros três integrantes das Farc foram "neutralizados no helicóptero e serão entregues às autoridades judiciais para serem processados por todos os seus delitos", afirmou o ministro. "Decidimos não atacar mais uns 15 integrantes da quadrilha, que se encontravam a alguns quilômetros do local. Respeitamos suas vidas na esperança de que as Farc libertem o restante dos reféns", disse Santos. O ministro afirmou que os reféns libertados estavam, após o resgate, em um helicóptero "sãos e salvos" e voando com destino a San José del Guaviare, para tomar um avião que os levará à base aérea de Tolemaida, a 100 quilômetros ao sul de Bogotá. Além de Betancourt, o governo colombiano anunciou que outros 14 seqüestrados também foram soltos na operação. Entre eles estão três norte-americanos, Marc Gonsalves, Thomas Howes e Keith Stansell. Eles trabalhavam para o exército colombiano e foram capturados quando o avião no qual viajavam fez um pouso de emergência em um território controlado pelos guerrilheiros. O ministro afirmou que os outros 11 reféns libertados são soldados e policiais colombianos.