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Chefe chinês no Tibete acusa Dalai Lama de conspiração

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O chefe do Partido Comunista da China no Tibete, Zhang Qingli, fez nesta quarta-feira (02/07) um novo ataque ao Dalai Lama, líder espiritual tibetano ao mesmo tempo em que dois enviados do governo tibetano no exílio finalizavam em Pequim as conversas com funcionários chineses para reduzir as tensões no Tibete. O jornal do governo chinês Tibet Daily publicou várias citações do chefe comunista linha-dura nas quais ele afirma que os partidários do Dalai Lama conspiraram para provocar os motins contra o governo chinês em março, que deixaram pelo menos 22 mortos no Tibete (números oficiais) e nas províncias chinesas vizinhas. "O incidente de 14 de março foi uma ação criminal violenta muito séria, executada pela claque do Dalai. O incidente organizado e orquestrado foi criado por separatistas tibetanos, com o apoio e a instigação das forças hostis do Ocidente," disse Zhang ao Tibet Daily. Ele disse que a violência foi planejada para ofuscar os Jogos Olímpicos de Pequim. "Em um momento sensível, eles abrigaram a intenção maléfica de transformar o incidente em um banho de sangue, para interromper as Olimpíadas de Pequim e destruírem a harmonia política e a estabilidade do Tibete. O auto-proclamado governo do Tibete no exílio, que funciona na Índia, informou nesta quarta que as conversações de dois dias em Pequim chegaram a um final, mas não divulgou qual foi o resultado das reuniões com os chineses. O premier do governo tibetano no exílio, Samdhong Rinpoche, deverá fazer comentários à imprensa apenas após informar o Dalai Lama sobre os resultados dos encontros.