BUCARESTE - Uma menina de 11 anos grávida de 21 semanas, depois de ter sido estuprada por um tio, poderá ser submetida a uma interrupção voluntária da gravidez na Romênia, anunciou a comissão interministerial criada para analisar o caso. "A comissão decidiu pela prática da interrupção, que a lei permite já que se trata de uma criança vítima de um abuso sexual", declarou o secretário de Estado de Saúde, Vlad Iliescu.
Ele disse ainda que o fim da gravidez "implicará importantes riscos para a saúde mental da menina". As leis romenas só permitem o aborto depois de 14 semanas de gestação se a vida da mãe está em perigo ou o feto sofre alguma malformação. Os pais da menima - que se chama Florina e é de uma família pobre do nordeste da Romênia - souberam que a filha estava grávida depois de um exame médico. Ela havia se queixado de dores na barriga.
O exame mostrou que a menina estava grávida de 17 semanas. Como as autoridades não se pronunciavam definitivamente sobre o caso, três semanas depois da descoberta a mãe de Florina anunciou que levaria a filha para a Grã-Bretanha para realizar um aborto em uma clínica privada, em uma operação paga por uma família de origem romena que mora neste país.