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Alemães celebram aniversário da ponte aérea que salvou Berlim Ocidental do bloqueio soviético

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BERLIM - Os alemães celebram nesta quarta-feira (25/06), o 60º aniversário da ponte aérea instaurada pelos Aliados para salvar Berlim Ocidental do bloqueio soviético, uma façanha logística dos aviadores que entrou para a História. "A ponte aérea consagrou a reconciliação dos povos alemão e norte-americano depois da Segunda Guerra Mundial", escreveram os historiadores norte-americnos Dennis Bark e David Gress. "Sem a ponte aérea, a História teria sido diferente", recordou a chanceler alemã Angela Merkel. Esta ponte aérea convenceu os alemães ocidentais das conveniências da Aliança Atlântica e de resistir às pressões soviéticas. Em 23 de junho, Josef Stalin fez com que fossem cortadas todas as vias terrestres para Berlim Ocidental e bloqueoou todos os abastecimentos, afirmando que, em primeiro lugar, queria impedir a entrada ao setor soviético de Berlim dos novos "deutsche marks", introduzidos pelos Aliados em suas três zonas de ocupação: a norte-americana, a britânica e a francesa. Dessa forma, o líder da antiga URSS queria obrigar os Aliados a desistir de criar um governo para as três zonas, que prefigurava o Estado da Alemanha Ocidental, ou forçar os berlineses a se submeterem para eliminar esse reduto livre em uma zona soviética. Em 24 de junho, o general Lucius D. Clay, chefe militar norte-americano na Alemanha, decidiu instaurar uma ponte aérea, apesar de não ter garantias de encontrar aviões suficientes para abastecer os berlineses, pois necessitava de pelo menos 500 aparelhos. De junho de 1948 até o final de 1949, o céu de Berlim Ocdiental foi tomado por aviões de carga. De dia e de noite, os pilotos realizaram mais de 277.000 vôos de Frankfurt, Wiesbaden, Hamburgo e Lübeck transportando 2,3 milhões de toneladas de alimentos, carvão, gasolina e outros produtos para 2,5 milhões de berlineses sitiados.